A Folha publica, em sua edição de hoje, um infográfico que sintetiza bem o chamado “cheque em branco” que, de acordo com inúmeras críticas, os vereadores de São Paulo estão passando para o Executivo fazer as privatizações. O gráfico ilustra, em número de páginas, a exiguidade de informações com que o Executivo, até agora, tem conseguido convencer os vereadores a passar o patrimônio municipal para o setor privado.
“Cheque em branco”: prazos de concessão, estimativas de valores e contrapartidas ao sabor do prefeito
Na reportagem, o jornal assinala que
“Até agora, já foram liberadas pelos vereadores as concessões do estádio do Pacaembu, de parques, terminais de ônibus, Bilhete Único, Mercadão e sistema de guincho e pátios de carros. Os parlamentares também aprovaram em primeira votação o projeto para privatizar o Anhembi.
Na Câmara, onde apenas 11 dos 55 vereadores são de oposição, a maioria desses projetos tem entrado e saído sem informações básicas como prazos de concessão, valores estimados, contrapartidas a serem recebidas, cronogramas ou mesmo a definição do objeto da privatização.”
E complementa:
“Foi assim, por exemplo, no caso do pacotão aprovado na semana passada na Câmara, com a autorização para o repasse à iniciativa privada de parques, terminais, sistema de bilhetagem e mercados.
Todo esse detalhamento será definido agora pela prefeitura, após ouvir propostas de empresas interessadas.”