Doria sanciona venda do Anhembi; Campo de marte e Anhembi

Privatização do Anhembi enfrenta novos problemas

Privatização do Anhembi enfrenta novos obstáculos

A falta de definição de um modelo de ocupação futura do complexo do Anhembi foi o principal motivo para que a segunda votação de seu projeto de privatização (PL 01-00582/2017 do Executivo), não acontecesse nesta quinta feira (23/11). Um dos problemas, segundo diversos vereadores, inclusive da base de apoio ao prefeito, é a falta de clareza sobre o tipo de ocupação da área a ser vendida, em área estratégica entre o Campo de Marte e a Marginal.

Outro é o fato de um empresário ter apresentado documentos que comprovariam que ele seria herdeiro do terreno do complexo do Anhembi, o que agrega insegurança jurídica a todo o processo.

Segundo a Folha,

“Os motivos para a não votação, segundo vereadores da própria base política de Doria, são dúvidas em relação a um artigo incluído pela prefeitura no projeto de lei, condicionando a privatização à aprovação de outro projeto de lei que trataria especificamente do zoneamento da região; e a incerteza jurídica gerada pelo aparecimento de uma pessoa que diz ser proprietária da área do Anhembi e que disputa com a prefeitura, na Justiça, a posse do terreno.”

Estes são mais dois obstáculos a serem superados para que se efetive a venda do complexo. A eles se soma a suspensão da licitação para serviços de avaliação do valor do negócio pelo Tribunal de Contas do Município, atendendo a 4 vereadores, 3 dos quais também da base do prefeito. Havia ainda a ameaça de um processo de tombamento, mas que acabou por ser arquivado.

=> Tribunal de Contas suspende licitação para avaliação do Anhembi <=

Empresário alega que terreno é dele, e não da prefeitura

A Folha informa ainda que segundo Milton Leite, presidente da Câmara,

“gerou “insegurança jurídica” entre os vereadores a atuação do empresário Adilson Bezerra, que tem apresentado documentos que, segundo o próprio, comprovariam que ele seria herdeiro do terreno do complexo do Anhembi.

Bezerra protocolou um requerimento na Câmara dizendo que a prefeitura está vendendo um terreno que, no passado, era particular e atualmente pertenceria a ele. Ele tem apresentado também cópias de uma suposta matrícula do imóvel e de um parecer da Procuradoria-Geral do Estado afirmando que o terreno é área de propriedade privada.”

Funcionários temem pelos empregos

Uma questão adicional, a ser enfrentada pelo processo de votação, é o destino dos funcionários da SPTuris, empresa municipal que controla o Anhembi, através da qual se daria a privatização. No caso, quem informa é o blog da Câmara, ver no link abaixo.

Links

Privatização do Anhembi ganha novos obstáculos e trava de novo na Câmara (Folha)

Câmara Municipal fatia projeto e adia a privatização do Anhembi (Estado)

Funcionários da SPTuris pedem novos debates sobre a privatização do Anhembi (Câmara)

Ver também

Conselho do patrimônio arquiva tombamento do complexo do Anhembi (Estado)

Audiência pública debate futuro do Sambódromo e do Complexo do Anhembi (Globo – SP1/vídeo)