Cidades inteligentes: São Paulo como modelo para países menos desenvolvidos

O uso da Ciência da Computação em iniciativas para melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos é o objeto de estudo de 150 estudantes de pós-graduação de diversas partes do mundo até o dia 4 de agosto na Escola São Paulo de Ciência Avançada em Cidades Inteligentes, organizada pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). A Escola é apoiada pela FAPESP por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), e conta com apoio por cinco anos.

Um diferencial importante da iniciativa é a adequação do desenvolvimento de ferramentas visando promover cidades inteligentes às realidades de cidades do mundo menos desenvolvido como sinaliza a Agência FAPESP:

“A estudante da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Kalyanaraman Shankari, acha que um dos pontos principais da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Cidades Inteligentes está no fato de se pensar em soluções para cidades em todo o mundo.

“Quase todos os aplicativos relacionados a cidades inteligentes são feitos por e para pessoas de 20 e poucos anos do Vale do Silício. O problema é que isso não significa nada para a maioria da população mundial. Por isso vim para esta Escola em São Paulo. Acredito que a interação com pesquisadores de outros países possa render soluções mais amplas para todos os lugares”, disse”.

Segundo Alfredo Goldman, um dos coordenadores do evento,

“Acredito que São Paulo se mostra como uma cidade boa para fazer testes de modelos e soluções em cidades inteligentes. É uma cidade que se adapta a mudanças e soluções de forma muito rápida”, disse. Entre as pesquisas realizadas pelo projeto estão aplicativos e análise de dados sobre transporte, atraso de ônibus, dados de saúde e privacidade de dados.

Ver a matéria na íntegra (com vídeo): São Paulo pode servir de modelo para soluções em cidades inteligentes.