Audiências: ONG critica data e cobra transparência

O portal G1, da Globo, noticiou que o Plano de Metas da nova gestão municipal foi objeto de críticas por fazer audiências públicas em um único dia e por falta de definição mais clara de metas de maneira a permitir seu acompanhamento. Houve ainda elogios pela inclusão de metas da ONU. Segundo o secretário de gestão da prefeitura, o que foi apresentado é somente uma proposta inicial, que será base para uma versão final. Ver a matéria a seguir.

A Prefeitura realizou neste sábado (8) 32 audiências públicas sobre o Plano de Metas em diversas regiões da cidade. A Rede Nossa São Paulo, que propôs a lei do plano de metas, criticou a decisão da gestão municipal de fazer as audiências em um único dia e cobrou transparência do processo. “O passo seguinte que a Prefeitura deve ter um cuidado é que ela consiga deixar claro quais são os critérios que ela está adotando para poder aceitar ou não as propostas da sociedade de uma forma geral. Transparência nesse processo é fundamental”, disse Jorge Abrahão, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo.

A socióloga Marina Harqoc considera que a questão da mobilidade urbana não está muito clara no plano de metas do prefeito João Doria (PSDB). E foi pedalando que ela foi até a audiência pública na prefeitura regional da Vila Maria neste sábado (8).

“Ele não dá nenhuma meta específica sobre como isso vai acontecer. Como que vai tornar a cidade mais segura e mais confortável para as pessoas que querem se deslocar de bicicleta”, destaca.

No Parque Bristol, na Zona Sul, o auditório do Centro Educacional Unificado (CEU) lotou de gente interessada em discutir o que a região mais precisa nos próximos anos.

A lei que obriga os prefeitos a colocarem as promessas no papel é de 2008. João Doria apresentou 50 metas. Bem menos que os antecessores Fernando Haddad (PT), que tinha 123 e Gilberto Kassab, que fez um documento com 223. O plano de Doria foi apresentado na Câmara na semana passada, numa sessão tumultuada, com vaias.

O Plano de Metas foi elogiado por trazer orientações da Organizações das Nações Unidas (ONU) e por metas como a que prevê aumentar a nota dos alunos da prefeitura no Ideb. Mas também foi criticado por não falar nada sobre a licitação dos ônibus, a privatização dos parques e por não trazer metas claras sobre melhorias na saúde e nem sobre umas das principais promessas de campanha do prefeito que é a criação de vagas em creches.

Paulo Uebel, secretário de Gestão da Prefeitura, prometeu que o documento final do plano de metas vai estar melhor. “Vai ser muito mais detalhada, vai ser regionalizada, vai ter o cronograma, o orçamento, então é fundamental a participação das pessoas para nos ajudar a melhorar ainda mais o Plano de Metas”.

Link: Doria faz audiências para discutir plano de metas; ONG crítica data e cobra transparênci