Ocupação da Câmara: ativistas querem plebiscito

A ocupação da Câmara Municipal por ativistas continuava até as 22:55 de ontem. Além de um plebiscito sobre o PMD (Plano Municipal de Desestatização), os manifestantes pedem mudanças nas regras do Passe Livre Estudantil e ainda 32 Audiências Públicas sobre o plano do governo, uma em cada Prefeitura Regional.

Após negociações, foi liberada a entrada de comida, água e acesso aos banheiros.

Veja a matéria publicada no blog da Câmara a respeito.

Presidência libera alimentação após saída de menores de idade

André Bueno/CMSP

DA REDAÇÃO

Em negociação com os manifestantes que ocupam desde as 13h30 o Plenário da Câmara contra o PMD (Plano Municipal de Desestatização) e mudanças nas regras do Passe Livre Estudantil, o Legislativo paulistano liberou a entrada de comida, água e acesso aos banheiros.

A presidência da Casa só permitiu a alimentação após os ativistas concordarem com a saída de cinco menores de idade que participavam da ocupação. O presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), já tinha demonstrado preocupação com a segurança dos adolescentes que participaram do ato.

Em troca da saída desses jovens, a comida foi liberada. O acesso à água e aos banheiros já havia sido permitido no início da noite.

Reivindicações
Os manifestantes pedem que os líderes dos partidos incluam na pauta das próximas Sessões Plenárias os PDLs (Projetos de Decreto Legislativo) prevendo a criação de um plebiscito para o PMD. Três propostas estão em tramitação na Casa.

Eles também pedem que sejam realizadas 32 Audiências Públicas sobre o plano do governo, uma em cada Prefeitura Regional.

A gestão João Doria (PSDB), como parte de um plano de governo para desonerar os cofres públicos e trazer investimentos para a cidade, quer conceder à iniciativa privada a gestão de parques, praças, planetários, sistema de bilhetagem do transporte público, pátios de remoção, compartilhamento de bicicletas, mobiliário urbano, cemitérios, o Autódromo de Interlagos, o Complexo Anhembi e o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Ainda de acordo com a administração Doria, o PMD teria um impacto financeiro de R$ 5 bilhões em desoneração, receita de capital, outorgas, investimentos e arrecadação tributária.

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