Pacaembu: hotel, shopping center, restaurantes e cinemas?

O jornalista Juca Kfouri publicou na Folha de ontem, 29/6, artigo em parte dedicado ao Pacaembu. Menciona a preocupação da Associação Viva Pacaembu em relação ao que acontecerá com o estádio. Construído com dinheiro público, poderá se transformar em um centro privado de entretenimento e comércio que nada terá a ver com seu projeto original.

Quanto à argumentação de que o Pacaembu é tombado, lembra que o Maracanã também era, “e apesar disso acabou descaracterizado pelo Comitê Organizador da Copa de 2014”. O trecho é reproduzido a seguir:

“Pacaembu preocupa”

“A Associação Viva Pacaembu está cada vez mais preocupada com o destino do estádio, construído com dinheiro público para prática de esportes, porque uma das empresas que busca se habilitar como concessionária é a Arena, que representaria a multinacional de entretenimento AEG.

A Arena é do arquiteto Carlos de La Corte, membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo no Brasil, de triste memória para os cofres públicos.

A ideia é transformar o estádio em local de shows, com hotel, shopping center, restaurantes e cinemas.

Segundo disse o representante da prefeitura,em audiência pública, não há previsão de por quantos anos será a concessão porque dependerá do dinheiro gasto para amortizar a alegada dívida atual do estádio.

Segundo a Viva Pacaembu, disposta a provar que o estádio não é deficitário, está em curso mais uma privatização disfarçada em que o interesse público é relegado ao último lugar, o que a prefeitura nega.

Lembremos que o estádio é patrimônio histórico da cidade e do Estado, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Mas o Maracanã também era e apesar disso acabou descaracterizado pelo Comitê Organizador da Copa de 2014.

O Pacaembu não pode virar elefante branco. Nem mamata”.

Ver o artigo na íntegra: Demora, mas podres da cartolagem do futebol surgem às carradas.

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