Problemas com zeladoria e investimentos preocupam com chegada das chuvas

Problemas com zeladoria e investimentos preocupam com a chegada das chuvas

Alagamentos podem piorar devido a problemas com zeladoria e redução de investimentos

De acordo com a Folha da última sexta (3/11), a atual gestão municipal gastou somete 21% da verba anual prevista para drenagem na cidade de São Paulo, ou R$ 172 milhões de R$ 837 milhões.

Isto contrasta, pelo menos por enquanto, com as promessas de campanha do atual prefeito, pois, de acordo com o jornal,

“Antes de ser eleito, Doria disse: “A cada córrego, que nós vamos fazer a revitalização, depois de revitalizá-lo, canalizá-lo, vamos fazer parques lineares. Sobre eles, teremos parques lineares, com quadras poliesportivas, árvores, bancos, lixeiras”.

Canalizações não acontecem, e aumenta a tensão da população afetada

Segundo a reportagem, entra ano-sai ano, e entra administração-sai administração, o sofrimento permanece. E com a chegada da época das chuvas, aumenta a tensão entre os moradores das diversas regiões em risco. Como disse um feirante do Capão Redondo :

“O Natal é uma época muito triste para nós. Todo ano chove, o nível da água sobe e as casas alagam”, diz o feirante Cesar Levi, 30, fitando o córrego da Moenda Velha, no Capão Redondo (extremo sul da capital paulista).

Levi cresceu no cenário de casas em tijolo aparente, que parecem estar prestes a tombar para dentro do córrego. A promessa para canalização, vinda de políticos das mais diversas tendências ideológicas, é antiga por ali. Neste ano, havia R$ 1 milhão previsto para o início desta obra, mas ela se juntou a várias outras que deixaram de ser realizadas pela administração João Doria (PSDB).”

Preocupação adicional: deficiências na zeladoria

A reportagem lembra ainda que as deficiências verificadas nos serviços de zeladoria urbana da atual gestão deverão contribuir para o agravamento da situação:

“Os transtornos com as chuvas podem ser agravados também por falhas na zeladoria. O serviço de varrição, por exemplo, recolheu 6% menos lixo que a gestão passada no mesmo período -a sujeira é um dos fatores para entupimento de sistemas de escoamento de água.”

O texto faz referência a matéria publicada no Estadão no início de outubro quando dados colhidos pelo jornal junto à prefeitura mostraram que seus serviços de zeladoria caíram de forma generalizada este ano.

No que diz respeito ao controle de águas pluviais, além da queda de 6% no recolhimento de lixo (varrição) mencionada, pode ser citado ainda o decréscimo de 24,9% na limpeza de bocas de lobo e bueiros, o que é ainda mais preocupante. Ver aqui mais sobre isso.

Ver a matéria: Às vésperas das chuvas, Doria gastou só 21% de verba anual antienchente.

Matéria relacionada – São Paulo: estudos preveem mais chuva e mais mortes por poluição atmosférica.