TCE/SP aponta mais de R$ 50 bilhões em obras atrasadas ou paradas

TCE/SP aponta mais de R$ 50 bilhões em obras atrasadas ou paradas

Mais de R$ 50 bilhões em obras com atraso ou paradas

Em matéria publicada ontem em seu site, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo informa que 1248 obras públicas estão atrasadas ou paralisadas no estado, e já custaram em torno de R$ 50,2 bilhões. O levantamento pode ser consultado diretamente no Tribunal:

O levantamento, realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) e acessível para consulta no ‘Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas’, refere-se ao segundo trimestre de 2020, com data-base de julho. Os dados foram colhidos pelo TCE junto aos 644 municípios jurisdicionados (exceto a Capital) e estão disponíveis na íntegra pelo link https://bit.ly/3gS31z8.

Deste total, 617 obras estão atrasadas e 631 paralisadas. Em números, a maior parte dos investimentos, 1059, é de responsabilidade dos municípios. Mas o grosso dos custos fica por conta das 189 obras de responsabilidade do governo do estado, que já montam a R$ 47,7 bilhões, contra R$ 2,5 bilhões do restante.

Mais cara

A Linha Laranja, do metrô de SP, parada há mais de quatro anos, é apontada como a obra mais cara, e já custou mais de R$ 23 bilhões:

De acordo com a mais nova atualização do Tribunal de Contas, a obra mais cara é referente à Linha 6-Laranja do Metrô, na Capital, que está paralisada há mais de quatro anos.

A obra da Linha Laranja, que tem o objetivo de ligar os bairros da Vila Brasilândia à Estação São Joaquim, deveria ter sido entregue em 19 de maio de 2020 e, até o momento, já custou R$ 23.138.729.185,58 em valores iniciais de contrato.

A concessionária convocada para a construção justifica que não teve êxito na obtenção de financiamento de longo prazo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para execução dos investimentos de responsabilidade exclusiva. Em julho, um grupo espanhol assumiu as obras para a conclusão da linha.

Maior tempo

A obra com maior atraso é uma escola municipal em Bauru, parada há mais de 14 anos:

Assim como no levantamento anterior, o Tribunal aponta que a obra com mais atraso no cronograma está localizada no município de Bauru. A construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Vera Lúcia Pereira Arlindo – Bauru I – Núcleo Habitacional Isaura Pitta Garms está parada há 14 anos, desde 27 de setembro de 2006. A obra, que deveria ter sido entregue em maio de 2003, já custou R$ 1.535.496,75 aos cofres públicos.

Ver matéria na íntegra => São Paulo tem mais de R$ 50 bilhões em obras com atraso de cronograma (TCE-SP 22/09/2020)