Legislação e planejamento

Métodos computacionais procuram moldar legislação e planejamento à dinâmica das cidades

Pesquisa busca harmonizar legislação e planejamento à transformação permanente do desenvolvimento urbano

A Agência FAPESP está divulgando hoje um projeto da Unicamp e apoiado por colaboração entre a FAPESP e a Universidade de Melbourne, na Austrália. O projeto é coordenado pela professora Maria Gabriela Caffarena Celani, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O objetivo do trabalho, que tem por título  “Complex adaptive systems and rule-based design: applications in architecture and urban design“, é apresentado no site da FAPESP:

“Neste projeto, iremos desenvolver aplicações de Complex Adaptive Systems (CAS) em desenho urbano e arquitetura, com ênfase em pesquisa e ensino.

Apesar dos recentes trabalhos de pesquisa sobre CAS […] relativamente pouca pesquisa tem adotado uma abordagem de sistemas complexos em arquitetura, e muito menos em desenho urbano.

Dados os atuais avanços nas tecnologias de informação e computação, agora temos uma grande variedade de ferramentas de software e paradigmas de modelagem disponíveis para investigar a dinâmica dos sistemas adaptativos complexos.

Nosso principal objetivo será desenvolver aplicações desta tecnologia para apoiar projetos inovadores de adaptação e planejamento para atender às necessidades e complexidade dos ambientes urbanos contemporâneos.”

Sistemas adaptativos complexos e as cidades

Os Complex Adaptive Systems, ou “Sistemas Adaptativos Complexos” em português, correspondem a uma técnica computacional destinada a simular como organizações complexas, que é o caso das cidades, evoluem e se reformulam a partir das inter-relações entre seus diferentes componentes:

“Um sistema adaptativo complexo é um caso especial de “sistema complexo”. Complexos no sentido de que são diversos, e adaptativos porque têm a capacidade de mudar e aprender a experiência (Wikipédia)”

Trata-se de uma nova linha de estudo para a arquitetura e o urbanismo, que deverá exigir novas habilidades dos profissionais destas áreas. De acordo com a coordenadora do projeto,

“É uma área que só agora está começando em arquitetura e urbanismo. Ainda não é comum porque o arquiteto precisa saber programar e levantar questões para depois implementar ações. Isso tudo exige uma mudança de cultura nos órgãos das prefeituras. Mesmo assim, ainda que estejamos na parte metodológica, surge uma tendência em desenvolver ações na elaboração de políticas, ocupação, uso do solo, planejamento e design urbano”.

Link: Cidades podem ficar mais agradáveis com uso de inteligência artificial (Agência FAPESP)

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