Guardadas as proporções, o comportamento dos casos acumulados ao longo da pandemia (curva logística) em São Paulo, a partir do início de 2020, é bastante semelhante ao do Brasil, o que demonstra a forte influência do estado no restante do país. Após sinalizações de que sua propagação estaria ficando sob controle em torno de setembro de 2021, um novo ciclo se iniciou no início de 2022, mais acentuado no resto do Brasil, o que tornou a participação de São Paulo no crescimento de casos do Brasil menor, confirmando uma tendência verificada desde o início da pandemia. Os municípios do estado, de toda a forma, terminaram 2022 com um quadro de casos e óbitos pior do que o do final de 2021.
Brasil x SP 2020 a 2022
Após sinais de arrefecimento no final de 2021, 2022 começou com uma aceleração no aumento de casos e óbitos, tanto no Brasil quanto em São Paulo, que amenizou a partir de fevereiro, com altos e baixos ao longo dos meses, como pode ser visto clicando nas abas que dão acesso aos respectivos gráficos.
Por outro lado, a participação de São Paulo no total nacional, de 100% no começo da pandemia, pois foi o estado em que começou, declinou progressivamente, chegando em 31/12/2022 a 17% do total do país, proporção menor do que a proporção da população de SP em relação ao Brasil, em torno de 22% segundo o IBGE.
SP em 2022
A evolução de casos e óbitos diários em 2022 é indicada no gráfico a seguir (curva epidemiológica), mostrando que o arrefecimento da pandemia após o pico de fevereiro não foi suficiente para voltar à situação de 31/12/2021.
Quatro picos de casos se destacam respectivamente em fevereiro, março, julho e dezembro de 2022; importante notar sua tendência de queda, confirmando que houve um arrefecimento da pandemia a partir de fevereiro, mas que não foi suficiente para anular totalmente seu crescimento acentuado até o dia 09 daquele mês. Com isso, se chegou a um número maior de casos e óbitos por município em 31/12/2022 em comparação com 31/12 2021. Os óbitos tenderam a acompanhar o mesmo movimento, com um pico de 288 ocorrências diária médias também em 09/02/2022, que caíram para 33 em 31/12.
Nos municípios
Os gráficos a seguir mostram a evolução de casos diários por município em 2022 seguindo a mesma escala de cores, que se tornam mais pronunciadas em função do número de ocorrências médias diárias. Alternando as abas correspondentes às datas de 31/12/21 e 22, nota-se pelas colorações mais carregadas de 2022 que os municípios estão ainda sofrendo os efeitos do pico de janeiro de fevereiro.
Enquanto em 31/12/2021 somente dois municípios registravam médias diárias de mais de 100 casos, São Paulo e São José dos Campos, em 31/12/2022 este número subiu para 4: São Paulo, Guarulhos, com quase 400 ocorrências, Campinas e São José do Rio Preto. Notar que, na contramão, S.J. dos Campos, diminuiu sua marca, de 110,3 para 48,9, como indica a tabela comparativa a seguir, que é um resumo do comparativo de todos os municípios do estado, que pode ser visto clicando sobre a tabela.
Destaques da tabela
- Enquanto a média diária mais que quadruplicou no estado, a de óbitos diários duplicou.
- Populações maiores nem sempre significa maior número de casos diários, comparar por exemplo Guarulhos com São Paulo ou Botucatu com Mogi das Cruzes.
- A capital São Paulo passou de primeiro para terceiro lugar na média de casos diários em 2022, ficando atrás de Guarulhos e Campinas.
- Fora a cidade de São Paulo, os aumentos de casos diários são pronunciados, com a exceção de SJ dos Campos.
- Para ver comportamento em todos os municípios clicar na tabela.
Disparidade entre os números de casos publicados pelo estado e por municípios
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