FAPESP - nuvem de partículas de queimadas sobre SP

Pesquisa pública identifica origem da nuvem negra que escureceu São Paulo

Pesquisadores identificam origem da nuvem negra que escureceu São Paulo

A “nuvem negra” que se abateu sobre a cidade de São Paulo na última segunda feira gerou intensa polêmica sobre se sua origem era ou não proveniente das queimadas na Amazônia. Agora, em mais uma demonstração da importância da pesquisa e do ensino públicos, a questão foi esclarecida.

Dois sistemas de monitoramento de poluentes atmosféricos desenvolvidos com o apoio da FAPESP permitiram identificar que o escurecimento do céu e a chuva acinzentada foram originados por queimadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. A constatação contou com o apoio da NASA e do IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, que é público e ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia e à USP.

Quem informa é a Agência FAPESP:

Dois sistemas que permitem o monitoramento de poluentes atmosféricos – desenvolvidos nas últimas duas décadas com apoio da FAPESP – estão ajudando cientistas a entender fenômenos raros observados na cidade de São Paulo na última segunda-feira (19/08): o escurecimento repentino do céu no meio da tarde e a chuva acinzentada observada logo depois em algumas partes da Região Metropolitana.

Ainda no domingo (18/08), uma intensa pluma de material particulado com mais de 3 mil metros de altitude foi detectada por uma equipe do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) por meio do sistema Lidar, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA). Posteriormente, com auxílio de imagens de satélites da Nasa – a agência espacial norte-americana – e de um modelo que prevê a trajetória percorrida por massas de ar, os pesquisadores concluíram se tratar de partículas provenientes de queimadas ocorridas nas regiões Centro-Oeste e Norte, entre Paraguai e Mato Grosso, abrangendo trechos da Bolívia, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Ver a matéria na íntegra => Pesquisadores descrevem trajetória do “rio de fumaça” que escureceu São Paulo (Agência FAPESP 22/08/19)